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Greve de estudantes da USP ganha apoio de associação de docentes da universidade após uma semana de paralisação

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Apoio da Associação dos Docentes da USP à greve dos estudantes

Introdução

Na última quinta-feira (21), iniciou-se uma greve dos estudantes da Universidade de São Paulo (USP), liderada pelos alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Desde então, a paralisação tem se expandido, envolvendo cerca de 12 cursos, incluindo a Escola Politécnica e a Faculdade de Direito. Nesta quarta-feira (27), a Associação dos Docentes da USP decidiu apoiar a greve, aprovando a paralisação da categoria até a próxima segunda-feira (2). Além disso, a associação denunciou um encolhimento de 17,5% no corpo docente da USP entre 2014 e agosto deste ano.

Os motivos da greve dos estudantes

Os estudantes que aderiram à greve reivindicam principalmente a contratação de professores e a criação de um novo projeto de permanência estudantil. A falta de docentes tem sido um obstáculo para o aprendizado dos estudantes, além de sobrecarregar o corpo docente existente. Já o projeto de permanência estudantil busca garantir melhores condições de moradia e alimentação para os estudantes em vulnerabilidade socioeconômica.

Adesão à greve

De acordo com a USP, a greve conta com a adesão de pelo menos 12 cursos, enquanto o Diretório Central dos Estudantes (DCE) afirma que são ao menos 19. A ampla participação dos estudantes demonstra a insatisfação com a situação atual da universidade e a urgência de medidas para solucionar os problemas existentes.

Apoio da Associação dos Docentes da USP

A decisão da Associação dos Docentes da USP em apoiar a greve dos estudantes mostra a união entre os docentes e discentes na busca por melhorias na universidade. Os docentes reconhecem a importância das reivindicações dos estudantes e demonstram solidariedade ao aderirem à paralisação da categoria.

Além do apoio, a associação denunciou um grave problema enfrentado pela USP: desde 2014 até agosto de 2021, o corpo docente da universidade encolheu 17,5%. Esse número alarmante evidencia a falta de investimento na contratação de professores, o que impacta diretamente na qualidade do ensino oferecido e no ambiente de pesquisa e inovação da instituição.

Posicionamento da Reitoria

Em nota, a Reitoria da USP informou que já ampliou em 60% os recursos destinados a auxílios estudantis e afirmou que a contratação de professores é uma pauta primordial. A Universidade ressaltou que das 641 vagas abertas, 238 já foram preenchidas, mas reconheceu que há muito a ser feito para suprir a demanda existente. Diante disso, uma reunião entre a Reitoria e os estudantes está marcada para esta quinta-feira (28) para discutir e encaminhar possíveis soluções para os problemas apresentados pelos alunos.

Impacto nas aulas

Com relação às aulas, a USP afirmou que cabe a cada unidade decidir se suspenderá ou não as atividades. A greve estudantil pode afetar o andamento das disciplinas e comprometer o calendário acadêmico, mas é importante ressaltar que os estudantes estão lutando por melhorias estruturais que impactarão diretamente a qualidade do ensino.

Conclusão

A greve dos estudantes da USP, que agora conta com o apoio da Associação dos Docentes, é reflexo de uma série de problemas enfrentados na universidade, como a falta de professores e a necessidade de melhorias na permanência estudantil. É essencial que a Reitoria e demais órgãos responsáveis se empenhem em atender às demandas apresentadas pelos estudantes, garantindo uma educação de qualidade e um ambiente acadêmico mais justo e inclusivo.

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