Cotização x Pejotização: Os Fiagros como ferramentas de sucessão e gestão no agronegócio do Brasil –

A adequada administração dos negócios agropecuários é fator crucial de sucesso

A discussão sobre os marcos legais facilitadores da produção no campo e como tais ferramentas podem impactar positivamente os processos de gestão dos negócios agropecuários é cada vez mais relevante. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) aponta que o acesso à tecnologia é a principal causa para a concentração da produção e da renda no campo, em vez da distribuição desigual de terras. Projetos voltados para o financiamento de infraestrutura, gestão e monitoramento são essenciais para trazer mais renda para o campo. Além disso, sem eficiência produtiva, segurança jurídica e infraestrutura adequada, torna-se desafiador manter a população no campo e garantir a sucessão das propriedades.

Os Fiagros e a pejotização como ferramentas de administração

A pejotização ou a ?cotização? das propriedades rurais podem se tornar ferramentas importantes na reversão desse cenário, por trazerem segurança jurídica, dinamismo, flexibilidade de negociação e governança. Os Fiagros, em específico, são uma opção interessante para investidores de fora do agronegócio, já que potencializam a captação de recursos do mercado de capitais para aplicação no setor, ao mesmo tempo que caracterizam uma opção interessante para investidores de fora do agro. Através da transformação do patrimônio em cotas, é possível obter diversos benefícios, como atualização do valor de mercado, garantias para financiamentos e simplificação no processo sucessório.

Modelagem financeira para comparar os modelos de cotização em Fiagro e Holding Agropecuária

Uma modelagem financeira comparativa foi realizada considerando um negócio padrão na região Centro-Oeste do Brasil. Os resultados apontam que o desempenho financeiro depende principalmente da isenção ou não de imposto de renda sobre a receita bruta no Fiagro, que está condicionada ao número de cotistas no modelo de negócios. Além disso, outros fatores devem ser considerados na escolha do modelo, como o perfil gerencial do negócio, o perfil de contratação de crédito e os custos