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Pelo menos 113 pessoas morrem em ataques na região central da Nigéria

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O número de mortos nos ataques no Estado central nigeriano de Plateau chega a 113

O Estado central nigeriano de Plateau tem sido palco de inúmeros confrontos entre agricultores e pecuaristas, e recentemente testemunhou o pior surto de violência desde maio, quando mais de 100 pessoas foram mortas nesses confrontos. Agora, o número de mortos nos ataques que ocorreram no fim de semana subiu para 113, de acordo com uma autoridade local. Os ataques foram bem coordenados e atingiram mais de 20 comunidades diferentes, resultando também em mais de 300 feridos.

A violência em Plateau é frequentemente retratada como um conflito étnico-religioso entre pecuaristas muçulmanos e agricultores principalmente cristãos. No entanto, além desses fatores, as mudanças climáticas e a expansão da agricultura também desempenham um papel importante nesse cenário de conflito.

Cinturão Médio da Nigéria: Diversidade étnica e religiosa facilitam conflitos

Plateau faz parte do chamado Cinturão Médio da Nigéria, uma região do interior caracterizada pela diversidade étnica e religiosa. Essa diversidade tem sido fonte de tensões e conflitos intercomunitários, que têm ceifado centenas de vidas nos últimos anos. O conflito entre agricultores e pecuaristas é apenas um dos muitos desafios enfrentados por essa região.

No Cinturão Médio, a população é composta por diferentes grupos étnicos, como os fulanis, haussas, beroms, tapas, entre outros. Esses grupos têm diferentes origens culturais, religiosas e socioeconômicas, o que cria um terreno fértil para tensões e rivalidades. Essa complexidade torna os esforços de resolução de conflitos ainda mais desafiadores.

Religião e etnia: fatores influentes na violência entre agricultores e pecuaristas

A violência entre agricultores e pecuaristas em Plateau tem sido frequentemente retratada como um conflito entre muçulmanos e cristãos. Os pecuaristas geralmente pertencem à etnia fulani e são majoritariamente muçulmanos, enquanto os agricultores são principalmente cristãos. Essas divisões religiosas e étnicas amplificam os conflitos, pois tendem a criar tensões e falta de confiança mútua entre as comunidades.

No entanto, é importante lembrar que nem todos os fulanis são pecuaristas e nem todos os agricultores são cristãos. Essa generalização é simplista demais para compreender a complexidade das dinâmicas sociais em jogo. Além disso, esses conflitos não são exclusivos de Plateau, sendo observados em outras regiões da Nigéria e até mesmo em outros países africanos.

Impactos das mudanças climáticas e expansão da agricultura

Embora as tensões religiosas e étnicas sejam fatores importantes nos conflitos entre agricultores e pecuaristas em Plateau, outros fatores também desempenham um papel significativo. As mudanças climáticas têm impactado diretamente a atividade pecuária, tornando algumas áreas impróprias para pastagem e forçando os criadores de gado a buscar novas terras para alimentar seu rebanho.

A expansão da agricultura também tem desempenhado um papel importante na dinâmica dos conflitos. À medida que a população cresce e a demanda por alimentos aumenta, os agricultores têm buscado novas terras para cultivar. Essa busca por terras tem levado ao deslocamento dos pecuaristas, que veem suas áreas de pastagem diminuírem e seus meios de subsistência ameaçados. Isso gera competição pelos recursos disponíveis e, consequentemente, conflitos.

Conclusão

O número de mortos nos ataques no Estado central nigeriano de Plateau subiu para 113, em mais um episódio de violência entre agricultores e pecuaristas. Embora o conflito seja frequentemente retratado como um conflito étnico-religioso, vários outros fatores estão influenciando essa violência, incluindo as mudanças climáticas e a expansão da agricultura. Para encontrar soluções duradouras para esse problema, é essencial considerar a complexidade das dinâmicas sociais envolvidas e abordar cada fator de forma adequada.

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