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O Ministério de Portos e Aeroportos anuncia medidas para redução dos preços das passagens aéreas

No dia 18 de outubro, o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) divulgou as primeiras medidas para reduzir os preços das passagens aéreas. O anúncio, feito em conjunto com representantes das companhias aéreas, teve como foco a promessa de maior volume de promoções. Apesar disso, o ministro Silvio Costa Filho reconheceu os desafios que precisam ser enfrentados para concretizar os resultados e afirmou confiar que haverá reflexos positivos na ponta.

Essas medidas foram uma demanda do MPor às empresas, que já haviam solicitado ações do governo para encarar os altos preços praticados. No mês passado, Costa Filho anunciou que o governo estava se esforçando para ajudar as empresas e que, como contrapartida, elas também deveriam apresentar ações nesse sentido.

O anúncio contou com a presença dos CEOs e CFOs da Azul, Gol e Latam, principais companhias aéreas do país. Antes de revelar as medidas, Costa Filho ressaltou que o setor aéreo foi fortemente impactado pela pandemia de Covid-19 e ressaltou que o aumento do preço das passagens tem sido sentido em todo o mundo, afetando negativamente o Brasil.

Apesar das expectativas, não foram anunciadas ações concretas do governo em relação ao querosene de aviação (QAV) e ao número de processos judiciais enfrentados pelas companhias aéreas. Costa Filho informou que o QAV já teve uma redução de 19% neste ano e que continuarão trabalhando para sensibilizar a Petrobras em relação a esse tema. No entanto, é importante destacar que o QAV acumulou uma alta de quase 100% nos últimos três anos.

O ministro afirmou que um grupo de trabalho continuará buscando alternativas para reduzir os preços das passagens aéreas. Ele destacou que essa é apenas a primeira etapa do programa e que é necessário um esforço coletivo para avançar nesse processo. Costa Filho estimou que os resultados não serão imediatos e que será necessário um prazo de 12 a 24 meses.

Medidas anunciadas pelas companhias aéreas

As medidas concretas para redução dos preços das passagens aéreas foram anunciadas individualmente pelos representantes das companhias. O CEO da Azul, John Rodgerson, anunciou a oferta de 10 milhões de assentos por até R$ 799 no próximo ano. Para ter acesso a essas passagens, será necessário comprá-las com pelo menos 14 dias de antecedência. Rodgerson ressaltou que essa decisão foi tomada para aproveitar as oportunidades de crescimento no país.

O CEO da Gol, Celso Ferrer, anunciou a oferta de 15 milhões de assentos por até R$ 699. Além disso, a companhia irá realizar ações promocionais semanais, inclusive para passagens compradas com pouca antecedência. Para esses casos, a Gol dará vantagens em relação a bagagens e remarcações. É importante mencionar que o limite estabelecido para essas 25 milhões de passagens está acima do ticket médio de R$ 747,66 aferido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Por sua vez, a Latam, através de seu CFO Jerome Cadier, não estabeleceu um lote de passagens com preço limitado. No entanto, foi informado que haverá uma promoção semanal com um destino sempre abaixo de R$ 199. Além disso, haverá novidades no programa de fidelidade, como a não caducidade dos pontos a partir de 2024, desde que sejam utilizados com a Latam. Eles também acrescentarão 10 mil assentos por dia durante o próximo ano, totalizando 3 milhões de assentos adicionais.

O programa Voa Brasil

Além das medidas anunciadas pelas companhias aéreas, o governo também espera impactos positivos com o programa Voa Brasil, que será anunciado na segunda quinzena do próximo mês. O programa oferecerá passagens por até R$ 199 para aposentados e beneficiários do Programa Universidade Para Todos (Prouni).

Costa Filho também destacou que investimentos em novos aeroportos terão reflexo nos preços das passagens aéreas no longo prazo.

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