A Unesp expulsa alunos por trote violento: um caso grave de violência nas universidades
No campus de Guaratinguetá da Universidade Estadual Paulista (Unesp), um caso grave de violência ocorreu no ano passado durante um trote universitário. Quatro alunos foram expulsos da instituição após obrigarem duas estudantes a ingerirem um litro de cachaça misturada com outros ingredientes, resultando em graves consequências. Esse incidente chocante evidencia a necessidade de combater práticas de trote violento no ambiente acadêmico.
A situação
O trote violento ocorreu em julho no campus da Faculdade de Engenharia e Ciências da Unesp. Infelizmente, a nota oficial da universidade não revela as identidades dos envolvidos nem os cursos que frequentavam, mas afirma que as respectivas punições foram aplicadas. Além da expulsão dos quatro alunos diretamente responsáveis pelo trote violento, outros estudantes foram suspensos por 120 dias, o que acarretará em um atraso na formatura.
A Polícia Civil também está investigando o caso, apurando o crime de lesão corporal sofrido pelas sete vítimas da Unesp. A universidade colaborou com as investigações fornecendo as informações necessárias. É importante ressaltar que essa violência não pode ser tolerada e medidas adequadas devem ser tomadas para garantir a segurança e integridade dos estudantes.
O caso das estudantes
Uma das vítimas era uma estudante de engenharia civil que ingressou na universidade em 2021. Ao se mudar para uma república, ela passou a ser tratada como caloura e submetida a tarefas humilhantes. No dia 4 de junho do ano passado, a jovem e uma colega foram punidas por outras repúblicas por não cumprirem uma obrigação, sendo obrigadas a realizar flexões ou beber shots de cachaça misturados com substâncias como pimenta, vinagre, pó de café, sal, mostarda e feijão. No total, as estudantes ingeriram um litro dessa mistura prejudicial.
A consequência do trote violento foi devastadora para uma das estudantes. Ela passou mal e precisou ser levada para o hospital, sendo internada na UTI. Sua situação era tão grave que ela teve que ser intubada devido à broncoaspiração causada pela inalação de substâncias presentes no líquido ingerido. Após seis dias de tratamento, ela foi liberada do hospital, porém, o trauma e as sequelas físicas e emocionais provavelmente a acompanharão por muito tempo.
A Unesp, preocupada com a gravidade do ocorrido e consciente da importância de combater o trote violento, abriu um canal de denúncias específico para esse tipo de situação. É fundamental que os estudantes se sintam seguros para reportar qualquer forma de violência ou abuso que presenciem ou sofram durante sua estadia na universidade.
Conclusão
O caso da Unesp é mais um exemplo alarmante de trote violento que ocorre nas universidades brasileiras. Essas práticas não têm espaço em um ambiente acadêmico que busca promover a educação, o respeito e a integridade dos alunos. É de extrema importância que as instituições de ensino tomem medidas enérgicas para combater e eliminar qualquer forma de trote violento.
Os estudantes devem ser acolhidos e incentivados a se desenvolverem em um ambiente seguro e saudável. A conscientização, a promoção de palestras e atividades educativas sobre os danos causados pelo trote violento são ferramentas essenciais na busca por um ensino superior mais humano e livre de violência.
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