Os usuários de criptomoedas perderam quase US$ 2 bilhões em golpes e ataques hackers em 2023
De acordo com um relatório da De.Fi, os usuários de criptomoedas perderam quase US$ 2 bilhões em golpes, ataques hackers e rug pulls no ano de 2023. Apesar de representar um valor significativo, houve uma queda de 50% em relação às perdas sofridas em 2022. No entanto, essa cifra exorbitante demonstra que a indústria ainda está suscetível a riscos de segurança.
Uma das razões para essa redução nas perdas está relacionada à implementação de protocolos de segurança mais avançados nos sistemas. Além disso, a conscientização sobre a prevenção de riscos dentro da comunidade aumentou, contribuindo para a diminuição geral da atividade no mercado.
Vale ressaltar que o ano de 2022 foi marcado por eventos importantes, como o colapso do ecossistema Terra (LUNA) e da exchange FTX. Portanto, o número de ataques aos protocolos ainda é relativamente menor em comparação com anos anteriores.
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A queda nas perdas coincide com um mercado em baixa, no qual alguns dos principais tokens enfrentaram quedas de até 85% em relação aos seus picos em 2021. Uma novidade positiva apontada pelo relatório é o aumento na taxa de recuperação de fundos, chegando a cerca de 10%. Isso significa que os protocolos hackeados conseguiram recuperar, em média, 10% dos fundos roubados, em comparação com apenas 2% em 2022.
Perdas de criptomoedas
A rede Ethereum, a maior blockchain em número de usuários ativos e valor bloqueado, foi a mais afetada, com cerca de US$ 1,35 bilhão sendo roubados em aproximadamente 170 incidentes. Isso é indicativo do atrativo do Ethereum para hackers, devido ao seu extenso ecossistema e projetos de alto perfil. O ataque mais significativo ocorreu em julho, com o roubo de US$ 230 milhões na plataforma Multichain.
Em segundo lugar, porém com uma grande diferença, está a rede BNB, com US$ 110,12 milhões perdidos em 213 incidentes. A rede zkSync Era teve US$ 5,2 milhões perdidos em dois incidentes, enquanto a Solana sofreu uma perda de US$ 1 milhão em um único ataque.
As perdas em plataformas centralizadas de criptomoedas, como exchanges e plataformas de negociação, totalizaram cerca de US$ 256 milhões em sete casos. O maior deles foi o ataque à Poloniex, em novembro, que resultou na perda de US$ 122 milhões.
As explorações de controle de acesso foram as mais prejudiciais, com os invasores explorando deficiências na forma como as permissões e os direitos de acesso são gerenciados em contratos ou plataformas inteligentes. Essas explorações frequentemente concedem acesso não autorizado a fundos ou funcionalidades críticas e resultaram em perdas de mais de US$ 852 milhões em 29 casos.
Apesar das perdas significativas enfrentadas pelos usuários de criptomoedas, é encorajador ver um aumento na implementação de medidas de segurança e na conscientização sobre os riscos. A indústria das criptomoedas continua a evoluir e aprimorar sua infraestrutura para garantir uma experiência mais segura e confiável para seus usuários.
Conclusão
O relatório da De.Fi revela que, em 2023, os usuários de criptomoedas perderam quase US$ 2 bilhões em golpes, ataques hackers e rug pulls. Apesar de uma queda de 50% em relação às perdas de 2022, essa cifra ainda é alarmante e aponta para a suscetibilidade da indústria a riscos de segurança.
A implementação de protocolos de segurança aprimorados e a conscientização crescente sobre a prevenção de riscos contribuíram para a redução das perdas. No entanto, é importante destacar que o número de ataques ainda é pequeno quando consideramos os principais eventos do ano, como o colapso do ecossistema Terra (LUNA) e da exchange FTX.
A rede Ethereum foi a mais afetada, com perdas de US$ 1,35 bilhão em aproximadamente 170 incidentes. As perdas em plataformas centralizadas totalizaram cerca de US$ 256 milhões em sete casos. As explorações de controle de acesso foram as mais prejudiciais, resultando em perdas de mais de US$ 852 milhões em 29 casos.
Apesar das perdas, o relatório também destaca um aumento na taxa de recuperação de fundos, com os protocolos hackeados recuperando, em média, 10% dos fundos roubados. Isso mostra uma melhoria em relação aos 2% de recuperação em 2022.
A indústria de criptomoedas continuará a evoluir e aprimorar suas medidas de segurança para garantir a proteção dos usuários. A conscientização e a implementação de protocolos mais seguros são fundamentais para reduzir os riscos e aumentar a confiança dos investidores nesse mercado promissor.
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